quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Milagre Eucaristico de Lanciano




A leste de Roma, bem próximo ao mar Adriático, encontra-se a cidade de Lanciano, pequena cidade italiana. Ali nasceu Longino, o centurião que deu o golpe de lança no lado de Cristo crucificado e que, posteriormente, se converteu ao cristianismo.

No Século VIII, havia naquela localidade, num mosteiro, um monge basilicano que passou a duvidar da presença real de Cristo na Eucaristia, ou seja, duvidou que houvesse transubstanciação das frações do pão e do vinho ao Corpo e Sangue de Cristo, no ato da consagração. Durante uma celebração da Missa, foi surpreendido por gotas de sangue caindo sobre o altar, enquanto em suas mãos a Hóstia elevada transformou-se em carne viva, um círculo de carne em torno do pão. O vinho do cálice, transformou-se em sangue visível. A carne permaneceu intacta, enquanto o sangue do cálice dividiu-se em cinco coágulos distintos.

Era uma manhã do ano 700. Diante do milagre, os fiéis permaneceram estáticos por uns segundos, tendo o sacerdote em seguida começado a chorar incontrolavelmente, cheio de alegria e agradecimento. "Venham irmãos", disse ele, "maravilhem-se diante de nosso Deus e contemplem a Carne e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo!". As pessoas se apressaram para ir ao altar para presenciar o milagre e passaram a clamar por perdão e misericórdia. Muitos batiam no peito e confessavam publicamente seus pecados, declarando-se indignos em presenciar tão grande milagre. O fato espalhou-se rapidamente entre a população local e povos circunvizinhos.

Posteriormente, os próprios monges testemunharam mais um sinal extraordinário daquele milagre. Ao pesarem os fragmentos de sangue coagulado (todos de tamanhos diferentes), observou-se que, pesadas uma a uma separadamente ou todas juntas, totalizavam sempre o mesmo peso.

O fato foi uma comprovação sobrenatural da presença real de Jesus na Eucaristia e, desde então, peregrinos do mundo inteiro passaram a visitar o local para venerar a Hóstia, que permaneceu alojada no mosteiro, sob a guarda dos monges e seus sucessores durante mais de 1200 anos, sem qualquer substância conservadora. Tais amostras foram, em 1970 submetidas à intensas avaliações científicas, sob rigorosas condições.

Sob orientação do Professor Odoardo Linoli, chefe da Unidade de Anatomia e Histologia Patológica e Citogenética do Hospital de Arezzo, durante quatro meses foram feitos criteriosos exames biológicos, microquímicos, cromatográficos, imunológicos e eletroforéticos da carne e do sangue, seguindo criteriosa metodologia científica e com todas as etapas rigorosamente documentadas. Os resultados foram surpreendentes:

1º) O sangue é de espécie humana, do grupo AB.

2º) A carne é de músculo cardíaco humano, sem qualquer ação de produtos químicos preservantes, evidenciando ter sido colhida viva e agora se apresentando mumificada pela ação do tempo, sem contudo decompor-se. Nela são evidenciados o miocárdio, o endocárdio, vasos e nervos cardíacos. O grupo sanguíneo da carne é o mesmo das gotas de sangue.

3º) Macroscopicamente, é uma fatia vertical de um coração humano, com as cavidades direita e esquerda bem individualizadas. Suas características fazem supor uma dissecação anatômica perfeita, atividade somente iniciada no ano 1300. Portanto, impossível de ter sido feita no século VIII, época reconhecida e documentada do surgimento dessa peça. A carne era realmente carne.

4º) Evidenciaram-se estruturas vasculares de tipo arterioso e venoso normais, que não apresentam alterações estruturais, que pertencem a um indivíduo são e jovem.

5º) Quanto às análises direcionadas a precisar revelação de substâncias mumificantes, concluiu-se que a antiga carne de lanciano pertence a um coração. Um coração sadio.

6º) Da análise eletroforética das proteínas dos fragmentos de sangue, constatou-se que a composição percentual das proteínas no líquido, correspondem exatamente às proteínas do sangue humano normal.

Constatou-se ainda que a Hóstia Eucarística que permaneceu no centro da carne desapareceu e que o recipiente, não estava hermeticamente lacrado. Quanto aos coágulos de sangue, relativos ao milagre do peso dos fragmentos (constatados na época pelos monges), nenhuma diferença de peso incomum foi notada.(Para a capacidade científica de cada época, revelou Deus diferentes milagres em tempos distintos).

“Um fragmento de miocárdio e de coágulos hemáticos, deixados em estado natural durante séculos, além de expostos à ação dos agentes físicos atmosféricos, ambientais e parasitosos, chegaram até nós depois de mais de um milênio, para ser submetido as atuais investigações científicas, inexplicavelmente inalterados.” (Comentário final da monografia de Linolli)

O professor Linoli, autor da sua monografia de 1970 e revisada em 1991, descreve minuciosamente todos os detalhes científicos da pesquisa. (Veja a monografia e os estudos no site http://www.corazones.org/sacramentos/eucaristia/milagro_lanciano_ciencia.htm - em espanhol).

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