Redação Portal A12
Do primeiro decreto assinado pelo
papa Nicolau II em 1059 até a Constituição Apostólica ‘Universi Dominici
Gregis’ do papa João Paulo II, a Igreja Católica elegeu seus Papas de várias
formas.
A primeira referência que se tem sobre a realização
de um Conclave mais próxima da realidade dos tempos atuais, quando o papa é
escolhido por Cardeais, é apenas do século 9.
Na quarta-feira (20), o vice-prefeito da Biblioteca
Apostólica Vaticana, doutor Ambrósio Piazzoni, concedeu entrevista aos
jornalistas e falou sobre a história dos Conclaves.
Piazzoni explicou que as regras que regem os
Conclaves foram organizadas ao longo da história e que nos primeiros 1200 anos da
Igreja, os Papas foram eleitos de várias formas, obedecendo outras regras, até
se tornarem o que são hoje; uma eleição feita apenas por Cardeais.
O primeiro papa a assinar um decreto dedicado à
eleição de um papa, foi Nicolau II em 1059.
Piazzoni destacou que os primeiros Conclaves
sofriam diversas interferências externas, especialmente, do governo e
autoridades civis.
Com o decreto do papa Nicolau II que a Igreja
passou a restringir a eleição de um papa aos Cardeais.
Em 1179, Alexandre III promulgou o decreto ‘Licet
de evitanda discordia’ fixando a “a maioria de dois terços de votos” para uma
eleição válida, mantida até a atualidade.
O Conclave, fechado como nos dias atuais, só foi
instituído em 1271 pelo Papa Gregório X com a constituição ‘Ubi periculum’.
A ‘Ubi periculum’ determinou o período de espera
pelos cardeais que vinham de fora e estabeleceu a reunião em um local “fechado
à chave”, daí a palavra Conclave significar, ‘cum clave’ (com chave).
Em 1294, o papa Bonifácio VIII, reforçou a
constituição ‘Ubi periculum’ no corpo legislativo da Igreja, oferecendo
estabilidade jurídica ao Conclave.
O voto secreto por escrito virou regra apenas em
1621 com o papa Gregório XV.
Em 1922, um ‘Motu Proprio’ de Pio XI determinou a
espera de 15 dias para se iniciar o Conclave, a fim de aguardar a chegada dos
Cardeais de todo o mundo.
A Constituição Apostólica ‘Vacantis Apostolicae
Sedis’, de 1945, do Papa Pio XII, determinou a maioria de dois terços mais um
dos votos dos Cardeais.
Foi o Papa João Paulo II, em 1978, que determinou
que o Conclave seria realizado na Capela Sistina e que a Casa Santa Marta fosse
o local de residência fixa dos Cardeais durante o Conclave.
Piazzoni, ao final de sua explanação informou que
diversos papas renunciaram ao longo da história por diversos motivos, alguns
foram obrigados, outros a fizeram por livre e espontânea vontade.
A próxima eleição será o 75º Conclave. O sucessor
do Papa Bento XVI será o 266.º a ocupar o cargo na história da Igreja Católica.
Informações: Agência Ecclesia e Rádio Vaticano.
Fonte:A12.
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