segunda-feira, 18 de julho de 2011
As três gaivotas brancas
Existiu a muito tempo atrás, três gaivotas brancas, isso mesmo, brancas.
Elas voavam tão alto e com tanta beleza, que todos entortavam os pescoços para admirá-las.
Certo dia, alguns seres (homens) montados em cavalos, apontaram as suas armas de fogo e atiraram nas gaivotas brancas reduzindo-as a alvos banais.
Elas caíram sobre o solo uma a uma como pacotes de brindes vindos do céu...
Eles sorriam e diziam: peguei, peguei!
Os seus olhares de vitória se misturaram às penas brancas cobertas de vermelho.
O céu ficou ali, parado, emudecido, tonto... estarrecido! O céu não podia acreditar... O azul ficou tão pálido que pensou ter sido atingido e sentiu-se baleado.
Tanta beleza, tanta alegria, tanta dança... Acabaram... Mortas... Por nada, NADA!
Eles os homens, deixaram ali, sem vida, os seus troféus.
E caídas permaneceram até que o céu muito triste chorou.
Suas lágrimas lavaram o vermelho, levando junto com o branco a alegria.
Alegria que jamais homem algum poderá trilhar com o seu corpo, no corpo do céu.
Ainda com muita dor, o céu gritou bem alto:
"O HOMEM DESTROI O QUE NÃO COMPREENDE!".
Outras gaivotas continuaram existindo, outros homens também.
Mas à medida que o homem escolher destruir (a arte) a grande obra do criador, ele estará se auto destruindo.
Relaxar... Olhar para o céu e sentir a beleza da grande obra é fazer renascer a bela dança das três gaivotas brancas: A arte, o belo e o bem.
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